O presidente Juscelino
1- Juscelino
Kubitschek de Oliveira nasceu em 12 de setembro de 1902 em Diamantina, Minas
Gerais. Filho de um caixeiro-viajante e de uma professora, formou-se como
médico na cidade de Belo Horizonte, em 1927. Fez curso e estágio complementares
em Paris e Berlim em 1930 e casou-se com Sara Lemos em 1931.
Começou a trabalhar como capitão-médico da Polícia Militar, quando fez amizade com o político e futuro governador Benedito Valadares. Nomeado interventor federal em Minas, em 1933, Valadares colocou o amigo como seu chefe de gabinete. A seguir, Kubitschek foi eleito deputado federal (1934-1937), nomeado prefeito de Belo Horizonte (1940-1945) e realizou obras de remodelação da capital.
Após uma gestão como deputado constituinte, em 1946, pelo PSD (Partido Social Democrático), foi eleito governador em Minas Gerais (1950 a 1954). Venceu a eleição para presidente da República com 36% dos votos, numa coligação PSD-PTB com o slogan "Cinquenta Anos em Cinco".
Na presidência, construiu hidrelétricas, estradas, promoveu a industrialização e a modernização da economia. Um de seus principais feitos foi a construção da cidade de Brasília e instituição do Distrito Federal, que marcou a transferência da capital federal (até então no Rio de janeiro) em 21 de abril de 1960. Numa era pós-Vargas, seu governo foi marcado por mudanças sociais e culturais como os festivais de música e a moda da bossa-nova.
Quando terminou o mandato, JK, como era conhecido, foi eleito senador por Goiás em 1962, mas teve seu mandato cassado e os direitos políticos suspensos em 1964, pelo regime militar.
Em 1966 tentou organizar uma frente pela redemocratização do país, junto com Carlos Lacerda e João Goulart mas não voltou mais ao poder. Se afastou da política e dedicou-se ao trabalho como empresário. Morreu em um desastre automobilístico no quilômetro 165 da Via Dutra, nas proximidades de Resende (RJ), em 22 de agosto de 1976.
Começou a trabalhar como capitão-médico da Polícia Militar, quando fez amizade com o político e futuro governador Benedito Valadares. Nomeado interventor federal em Minas, em 1933, Valadares colocou o amigo como seu chefe de gabinete. A seguir, Kubitschek foi eleito deputado federal (1934-1937), nomeado prefeito de Belo Horizonte (1940-1945) e realizou obras de remodelação da capital.
Após uma gestão como deputado constituinte, em 1946, pelo PSD (Partido Social Democrático), foi eleito governador em Minas Gerais (1950 a 1954). Venceu a eleição para presidente da República com 36% dos votos, numa coligação PSD-PTB com o slogan "Cinquenta Anos em Cinco".
Na presidência, construiu hidrelétricas, estradas, promoveu a industrialização e a modernização da economia. Um de seus principais feitos foi a construção da cidade de Brasília e instituição do Distrito Federal, que marcou a transferência da capital federal (até então no Rio de janeiro) em 21 de abril de 1960. Numa era pós-Vargas, seu governo foi marcado por mudanças sociais e culturais como os festivais de música e a moda da bossa-nova.
Quando terminou o mandato, JK, como era conhecido, foi eleito senador por Goiás em 1962, mas teve seu mandato cassado e os direitos políticos suspensos em 1964, pelo regime militar.
Em 1966 tentou organizar uma frente pela redemocratização do país, junto com Carlos Lacerda e João Goulart mas não voltou mais ao poder. Se afastou da política e dedicou-se ao trabalho como empresário. Morreu em um desastre automobilístico no quilômetro 165 da Via Dutra, nas proximidades de Resende (RJ), em 22 de agosto de 1976.
2-A construção
de Brasília demorou quase quatro anos, mas depois de três
anos a maioria dos seus principais edifícios estava pronta, dentre os quais o
Palácio da Alvorada, primeiro prédio da capital construído em concreto armado,
a primeira construção de estrutura metálica (material trazido dos Estados
Unidos) foi o Brasília Palace Hotel.
A partir de 1960, iniciou-se a transferência dos principais órgãos do Governo Federal para a nova capital com a mudança das sedes dos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário. Lúcio Costa foi o principal urbanista da cidade. Oscar Niemeyer, amigo próximo de Lúcio, foi o principal arquiteto da maioria dos prédios públicos e Roberto Burle Marx foi o responsável pelo paisagismo.
Kubitschek, que foi um governante de orientação socialista, reuniu um grupo de profissionais de uma mesma tendência política. Este grupo tentou desenvolver um modelo de cidade utópica onde se pretendia eliminar as classes sociais. Por este motivo a cidade ficou conhecida como capital da esperança (nome dado pelo escritor francês André Malraux. É claro que tal objetivo não foi cumprido, mas, durante a construção da cidade, foi uma realidade, visto que todos compartilhavam a mesma comida e os mesmos acampamentos.
A partir de 1960, iniciou-se a transferência dos principais órgãos do Governo Federal para a nova capital com a mudança das sedes dos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário. Lúcio Costa foi o principal urbanista da cidade. Oscar Niemeyer, amigo próximo de Lúcio, foi o principal arquiteto da maioria dos prédios públicos e Roberto Burle Marx foi o responsável pelo paisagismo.
Kubitschek, que foi um governante de orientação socialista, reuniu um grupo de profissionais de uma mesma tendência política. Este grupo tentou desenvolver um modelo de cidade utópica onde se pretendia eliminar as classes sociais. Por este motivo a cidade ficou conhecida como capital da esperança (nome dado pelo escritor francês André Malraux. É claro que tal objetivo não foi cumprido, mas, durante a construção da cidade, foi uma realidade, visto que todos compartilhavam a mesma comida e os mesmos acampamentos.
3- HISTÓRIA DO CARRO BRASILEIRO
Desde
os anos 20, a importação de automóveis era uma rotina bastante conhecida. A
Ford Motors Company tinha iniciado a montagem de seus Ford “T”, em São Paulo,
em 1919. A General Motors Company fez o mesmo a partir de 1925, com o Chevrolet
“Cabeça de Cavalo”. Carro Nacional nessa época, nem mesmo em sonhos.
A
partir de 1946, a montagem dos carros importados retomou sua rotina, mas alguma
coisa havia mudado. A necessidade de improvisar peças de reposição durante o
período da guerra fez com que surgisse uma incipiente indústria de autopeças, o
que encorajou aqueles que pretendiam construir o automóvel brasileiro.
Os
conformistas diziam que o Brasil jamais seria uma nação industrial porque, pela
lei da divisão internacional do trabalho e pelos tratados e acordos dela
decorrentes, os países subdesenvolvidos continuariam aprimorando sua
especialidade de fornecedores de matérias-primas e os industrializados,
desenvolvendo sua especialidade de fornecedores de produtos
industrializados.
Com
o regime de Licença Prévia, instituído em maio de 1948 e controlado pela
Comissão de Exportação e Importação – CEXIM – a indústria teve um
pequeno alento para desenvolver-se e melhorar seu equipamento. Contudo, em
abril de 1951, devido ao temor de que o conflito na Coréia degenerasse em
guerra mundial. Foram novamente abertas as portas a importação e de modo
irrestrito, para permitir que o país fizesse estoques estratégicos.
Os
empresários que viveram essa fase afirmam que foi um período crucial, uma prova
de fogo para o setor de autopeças. As importações indiscriminadas esgotavam
nossas reservas cambiais e o balanço de pagamentos estava a ponto de estourar.
Em 1952, o Brasil era um país sem estradas e sem transportes.
A
31 de março de 1952, a Comissão de Desenvolvimento Industrial – CDI – criada
pelo presidente Getúlio Vargas, instalou a Subcomissão de Jipes, Tratores,
Caminhões e Automóveis, presidida pelo subchefe da Casa Militar da Presidência
da República, o engenheiro naval comandante Lucio Meira. Este fato teve
grande importância para os destinos da indústria automobilística nacional.
Advieram,
depois, fatos animadores. O Aviso 288, da CEXIM, de 19/08/1952, foi o primeiro
ato governamental relativo ao setor, liberando a importação de autopeças, mas
limitando o licenciamento a artigos não fabricados no Brasil. Assim, 104
artigos produzidos pela indústria nacional continuaram com sua importação
proibida. Outro fato importante foi a aprovação, em 30/10/1952, pelo presidente
da república, das conclusões da subcomissão, relativas ao fomento da produção
nacional de autopeças e implantação gradativa da indústria automobilística no
País. Para convencer os incrédulos e pessimistas, foram organizadas mostras e
exposições da indústria de autopeças.
A
implantação da indústria automobilística nacional voltou à tona com a posse de
Juscelino Kubitschek de Oliveira na Presidência da República. Lucio Meira,
nomeado ministro da Viação e Obras Públicas, passou a chefiar um grupo de
trabalho que deveria, no prazo de trinta dias, apresentar um plano para sua
execução. Como decorrência, foi criado o Grupo Executivo da Indústria
Automobilística – GEIA – pelo Decreto 39.412, de 16/06/1956. Esta data é
considerada quase unanimamente o 1º marco histórico da indústria
automobilística no Brasil, porque o GEIA realmente viabilizou os esforços, os
planos e as iniciativas referentes ao parque automobilístico nacional.
Embora
no final de 1956 tenham sido fabricados alguns veículos, a produção
efetiva iniciou-se em 1957. Os dados estatísticos omitem a produção de 1956,
computando-a no ano seguinte.
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