
a) Qual a história, a origem? Explique. Quem criou como foi criada?
R: No século XVIII, chegou a ser confundida com manifestações da sífilis e, posteriormente, com a gonorreia. Foi no século XX que apareceram evidências de que as verrugas eram causadas por um vírus. Nos últimos 30 anos, estudos mais específicos revelaram que essas verrugas são causadas pelo HPV. Ficamos sabendo sobre a relação entre o HPV e o câncer do colo uterino e que o herpes vírus, inicialmente estudado, não tinha participação na origem desse tumor apenas nos últimos 20 anos. Popularmente, essa doença também é conhecida como verrugas genitais, condiloma acuminado, crista de galo (devido à semelhança de sua aparência com a crista do galo), entre outros nomes. Às vezes, assemelha-se à couve-flor. A palavra condiloma originou-se do idioma grego e significa tumor redondo e acuminado (pontudo elevado). Portanto, condiloma acuminado é um tumor arredondado e pontudo. Foram Meisels e Morin, no Canadá, com estudos citológicos e Zur Hausen Et Al, na Alemanha, com pesquisas biomoleculares, que publicaram os primeiros trabalhos relacionando a infecção por HPV com o carcinoma da cérvice uterina. Os primeiros ao demonstrarem, do ponto de vista morfológico, que as alterações celulares observadas em displasias moderadas eram bastante semelhantes àquelas observadas em células descamadas de condilomas acuminados; os segundos, ao caracterizarem a presença de segmentos de DNA viral em carcinomas de colo uterino, possibilitaram os conhecimentos que se tem hoje sobre o binômio câncer cervical e HPV. Uma vez caracterizado o agente causador, métodos de biologia molecular, alguns dos quais úteis para a rotina diária, passaram a fazer parte do arsenal diagnóstico e, no futuro deverão se constituir em importante arma no rastreamento das lesões precursoras das neoplasias cervicais, tomando o espaço hoje soberanamente ocupado pela citologia oncológica.
b) Explique sobre a doença. O que é? Do que se trata? Sintomas.
Verrugas: São causadas por subtipos cutâneos como o HPV-1 e HPV-2, e podem ocorrer em locais como as mãos, os pés e a face, entre outros. A forma de transmissão do vírus inclui o contacto casual com zonas infectadas, podendo ocorrer autoinoculação para novas áreas. Este tipo de manifestação está geralmente associada a indivíduos mais jovens, e não aparenta estar relacionada com um aumento do risco de cancro. Se não tratadas podem se manter iguais, desaparecer ou multiplicar dependendo do subtipo. Cerca de 1% da população sexualmente ativa tem essas verrugas a cada ano.
Condiloma acuminado: Mais de 30 variantes de HPV infectam a região genital, embora os tipos 6 e 11 sejam os principais responsáveis por cerca de 90% dos casos, podendo causar verrugas na vulva, pênis e ânus. Estes condilomas verificam-se sobretudo em populações adultas e sexualmente ativas, sendo mais frequente nas mulheres (dois terços dos casos).
Papilomatose respiratória: Esta manifestação rara decorre com a formação de verrugas ao longo das vias respiratórias, podendo causar obstrução à passagem do ar e obrigando a intervenções cirúrgicas recorrentes para a sua excisão.
Cancro: É a consequência mais grave da infecção por HPV, e vários tipos, de entre os quais o 16, 18, 31 e 45, são considerados de risco elevado para o desenvolvimento de cancro. Os tipos de cancro que estão em alguma medida associados com o HPV incluem cancro do colo uterino, do ânus, da vulva, do pênis e da cabeça e pescoço. Destes, o mais importante (no sentido em que foi aquele em que se encontrou uma maior taxa de correlação com a infecção) é o cancro do colo do útero, considerando-se que 95% dos casos, ou até mais, são devidos ao HPV.
A transformação em células malignas é um processo lento, e ocorre em pessoas que têm uma infecção persistente durante muitos anos. Contudo, esta infecção pode não estar associada a manifestações como condilomas, o que justifica a realização de testes de rastreio regulares.
c) Para que serve a vacina? Quando deve ser tomada?
R: Vacina para meninas: No Brasil, a vacina começou a ser distribuída em 10 de março de 2014 para meninas de 11 a 13 anos; em 2015, a vacina passou a ser ofertada para meninas de 9 a 11 anos; e, em 2016, apenas para meninas de 9 anos. A vacina distribuída pelo SUS é do tipo quadrivalente e protege contra quatro tipos de HPV: 6, 11, 16 e 18. Os tipos 6 e 11 não estão relacionados com câncer, sendo causadores de verrugas genitais. Já os tipos 16 e 18 são potencialmente oncogênicos. Quando for receber a dose, a interessada deverá procurar um dos 36 mil postos da rede pública e precisará ter em mãos o seu cartão de vacinação ou documento de identificação. O esquema de vacinação do SUS será diferente do que é feito tradicionalmente pelas clínicas particulares. A vacina será aplicada em três doses. A segunda será aplicada após seis meses de aplicação da primeira, e a terceira, cinco anos após a primeira dose.
Vacina para meninos: Para os meninos, a vacina será distribuída em 2017 e disponibilizada para garotos na faixa etária de 12 a 13 anos e para homens e garotos com idade entre 9 e 26 anos que sejam HIV positivos. Para meninos com idade entre 12 e 13 anos, a vacina quadrivalente será aplicada em duas doses, sendo a segunda seis meses após a primeira. Já para o público com HIV serão realizadas três doses com intervalo de dois a seis meses. Vale destacar que a vacina é um meio de prevenção que não deve, em momento algum, substituir os exames preventivos. Além disso, é fundamental que, em toda relação sexual, sejam usados preservativos a fim de evitar, além dos outros tipos de HPV, outras doenças sexualmente transmissíveis.
d) Quais são as contra indicações da vacina?
R: A vacina está contra-indicada para gestantes, indivíduos acometidos por doenças agudas e com hipersensibilidade aos componentes (princípios ativos ou excipientes) de imunobiológicos. Há pouca informação disponível quanto à segurança e imunogenicidade em indivíduos imunocomprometidos.
e) Como usar a vacina?
R: A vacina contra o HPV, ou papiloma vírus humano, é dada em forma de injeção e tem como função prevenir doenças causadas por este vírus, como lesões pré-cancerosas, câncer do colo do útero, vulva e vagina, ânus e verrugas genitais.
f) Quais são as precauções a vacina?
R: A vacina do HPV não deve ser administrada em caso de Gravidez, mas a vacina pode ser tomada logo após o nascimento do bebê, sob orientação do obstetra
Quando se tem algum tipo de alergia aos componentes da vacina;
Em caso de febre ou doença aguda;
Em caso de redução do número de plaquetas e problemas de coagulação sanguínea.
g) Quais são as principais dúvidas sobre a vacina?
R: Quem tomou a vacina pode pegar HPV?
Quanto tempo dura a vacina contra o HPV?
Quantas doses devem ser tomadas da vacina HPV?
Quem já tem HPV adianta tomar a vacina?
h) Existem notícias falsas sobre a vacina? Pesquise e explique.
R: Sim, certas pessoas acham que vacinas fazem mais mal que bem e podem causar autismo em crianças, o que é uma superstição bem idiota e que pode deixar crianças doentes, pois seus pais (idiotas também) podem não vacinar seus filhos por acharem que vacinas vão os transformar em autistas
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