O MOTIM POPULAR: ÍMPETO

                                                          Fabiano e Lucas

 

1- Quando foi dada a ideia da vacinação obrigatória? E o que o projeto de lei instituía?

R: No dia 9 de novembro de 1904, do plano de regulamentação da aplicação da vacina obrigatória contra a varíola. O projeto de lei que instituía a obrigatoriedade da vacinação tinha sido apresentado cerca de quatro meses antes ao Congresso, pelo senador alagoano Manuel José Duarte.

2- Qual era o argumento do governo referente a vacinação?

R: O argumento do governo era de que a vacinação era de inegável e imprescindível interesse para a saúde pública.

3- Onde foi o maior foco endêmico da varíola no Brasil? Quantos casos de internações foram contabilizados até junho de 1904 no Distrito federal?

R: O maior foco endêmico foi na cidade do Rio de Janeiro. até o mês de junho haviam sido contabilizados oficialmente mais de 1 800 casos de internações no Hospital de Isolamento São Sebastião, no Distrito Federal, e o total anual de óbitos devidos à varíola seria de 4 201.

4- Como os interlocutores da oposição estavam? O que o governo fazia? 

R: Os interlocutores da oposição estavam enraivecidos. O governo que, no caso da lei brasileira, os métodos de execução do decreto de vacinação eram truculentos, os soros e sobretudo os aplicadores pouco confiáveis, e os funcionários, enfermeiros, fiscais e policiais encarregados da campanha manifestavam instintos brutais e moralidade discutível.

5- O que Lauro Sodré alertava para a feição despótica da lei de vacinação obrigatória?

R: “uma lei arbitrária, iníqua e monstruosa, que valia pela violação do mais secreto de todos os direitos, o da liberdade de consciência”.

6- 5 de novembro de 1904. O que foi criado?

R: Em 5 de novembro de 1904, foi criada a Liga contra a Vacina Obrigatória, como reação à medida aprovada em 31 de outubro.

7- O que a oposição promoveu de imediato? Qual foi o impacto?

R: A oposição promoveu de imediato um enorme alarido na Câmara, os jornais vociferaram diatribes contra o governo, e a opinião pública robusteceu as suas suspeitas, causando um abalo decisivo na política sanitária oficial. O impacto foi tamanho que o dr. Osvaldo Cruz, diretor da Saúde Pública, jovem de trinta anos de idade, responsável por toda a campanha de saneamento da capital e diretamente subordinado ao ministro da Justiça e do Interior, sentiu-se obrigado a intervir pessoalmente no caso.


Referências: SEVCENKO, Nicolau. A Revolta da Vacina - Mentes insanas em corpos rebeldes

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