REVOLTA DA VACINA:

Guilherme Nunes. 9C. PIOXII

O prefeito Pereira Passos (no centro) entre populares em inauguração de obra da reforma urbana. 






 



1-Descreva as ruas da cidade e o tráfego de veículos. Pág. 32

 Mas as ruas da cidade ainda eram vielas coloniais, estreitas, tortuosas, escuras, com declives acentuadíssimos. O tráfego dos veículos que começavam a ser usados nessa atividade, como carroças, charretes e carrinhos de mão, se embaraçava nessa rede confusa de ruelas. Em suma, a cidade, com desenho e proporções coloniais, não era mais compatível com a função de grande metrópole que a atividade febril do porto lhe impingira.

2-Quais moléstias existiam no Rio de Janeiro? Explique sobre a febre amarela. Pág. 32 A cidade era foco endêmico de uma infinidade de moléstias: febre amarela, febre tifoide, impaludismo, varíola, peste bubônica, tuberculose, entre outras. Destas, a febre amarela e a varíola eram as que ceifavam o maior número de vidas. A febre amarela, em particular, manifestava toda a sua violência para com estrangeiros e migrantes de outros estados. Sua fama era internacional, e tornava o Rio de Janeiro conhecido no exterior como “o túmulo dos estrangeiros”. cidade era foco endêmico de uma infinidade de moléstias: febre amarela, febre tifoide, impaludismo, varíola, peste bubônica, tuberculose, entre outras. Destas, a febre amarela e a varíola eram as que ceifavam o maior número de vidas. A febre amarela, em particular, manifestava toda a sua violência para com estrangeiros e migrantes de outros estados. Sua fama era internacional, e tornava o Rio de Janeiro conhecido no exterior como “o túmulo dos estrangeiros”.

3-Quais obras foram atribuídas a Lauro Müller? Explique. Pág. 34Lauro Müller, ministro da Indústria, Viação e Obras Públicas, é atribuído o encargo de reforma do porto, com poderes e recursos discricionários. A lei orçamentária de 30 de dezembro de 1902 viria, de fato, dotar o Ministério da Viação de vultosos e cursos destinados às obras de reestruturação e expansão do porto.

4-O que o presidente Rodrigues Alves concedeu ao engenheiro Pereira Passos? Explique. Pág. 35 

Rodrigues Alves para assumir o cargo de prefeito do Distrito Federal. Sabendo da extensão avultada das demolições e das obras que deveria executar, do ritmo desenfreado em que deveria implementá-las, e prefigurando as resistências e reações populares inevitáveis, Passos exigiu plena liberdade de ação para aceitar o cargo, sem estar sujeito a embaraços legais, orçamentários ou materiais. Rodrigues Alves lhe concedeu então carta branca por meio da lei de 29 de dezembro de 1902, que criava um novo estatuto de organização municipal para o Distrito Federal.

5-Quais foram as exigências de Osvaldo Cruz para realizar a campanha de erradicação das endemias? Pág. 36 Osvaldo Cruz impõe igualmente condições severas ao presidente, conforme nos relata o repórter do Jornal do Comércio, presente ao encontro decisivo dos dois personagens. Exige o médico: “Preciso de recursos e da mais completa independência de ação.

pro6- Como a reforma urbana foi saudada pela imprensa conservadora? Pág. 42 O cesso de reforma urbana foi saudado com entusiasmo pela imprensa

conservadora, que a denominou de “Regeneração”. Essa era a voz dos beneficiários do replanejamento, aqueles que herdariam, para o seu impávido desfrute, um espaço amplo, controlado e elegante, onde antes não podiam circular senão com desconforto e sobressalto.

7-Resumir a descrição do pesquisador Jaime Larry Benchimol. Pág. 44

A descrição do pesquisador Jaime Larry Benchimol é bastante reveladora da sua extensão:

Uma comissão nomeada pelo Ministro da Justiça e Assuntos Internos em 1905, quando o A obra em Pereira Passos está em andamento e constatou-se que até aquela data, Secretarias municipais e de saúde pública demoliram cerca de seiscentos Em moradias coletivas e setecentas casas, pelo menos 14 mil pessoas não têm teto. Centenas de outras famílias foram deslocadas desde então, não apenas pela demolição Governo municipal ou federal: especulação com solo, por Tramways, utilitários e loteamentos, patrocinados por Autoridades públicas; nova tributação para acompanhar a prestação de serviços como luzes, calçadas, esgotos; estabelecer uma postura cívica Códigos de construção para edifícios que proíbem o exercício de certas A ocupação, ou a criação de gado, é necessária para a subsistência Alimente a classe trabalhadora - todos os quais atuam como uma poderosa força segregadora.

8- Como comentava o cronista do tablóide anarquista “O Libertário”? pág. 46 anarquista, O Libertário, comentava assim a inauguração da avenida Central, que o governo consagrou com uma festa estrepitosa e monumental: “É vicioso dizer ao operário consciente o que foi o trabalho da grande artéria: uma miserável exploração do trabalhador inconsciente e passivo. Era de ver todas as noites, antes da inauguração, dezenas de homens, movendo-se à luz de lâmpadas elétricas, num trabalho fatigante até pela manhã, por um miserável e ridículo salário”.

 

9-Copie o registro de Lima Barreto no seu Diário íntimo. Pág. 50 Eis a narrativa do que se fez no sítio de 1904.A polícia arrepanhava a torto e a direito pessoas que encontrava na rua.Recolhia-as às delegacias,depois juntava na Polícia Central.Aí,violentamente, humilhantemente,arrebatava-lhes os cós das calças e as empurrava num grande pátio.Juntadas que fossem algumas ezenas,remetia-as à Ilha das Cobras,onde eram surradas desapiedadamente. Eis o que foi o Terror do Alves;o do Floriano foi vermelho;o do Prudente,branco,e o Alves,incolor,ou antes,de tronco e bacalhau [chicote].

10-Conclusão. Copie os versos de presos, coletados por João do Rio.pág.62 João do Rio descreve uma visita a uma “zunga”, em plena madrugada, em companhia das autoridades: E COMEÇAMOS A VER O RÉS DO CHÃO, SALAS COM CAMAS ENFILEIRADAS como nos quartéis, tarimbascom lençóis encardidos, em que dormiam de beiço aberto, babando, marinheiros, soldados, trabalhadores de face barbada. [...]


Referencia

SEVCENKO, Nicolau. A Revolta da Vacina - Mentes insanas em corpos rebeldes

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