IMPÉRIO,RAÇA E GUERRA

 Na juventude, Adolf Hitler tornou-se devotado apreciador das óperas de Wagner e gastava boa parte de sua parca renda em ingressos para apresentações de Lohengrin e outras fantasias p seu domedievais.              Os romances de aventuras de Karl May, livros populares impressos em papel barato cujos contos ambientados no Velho Oeste em meio às guerras indígenas e protagonizados por caubóis – na maioria de ascendência alemã, como o Velho Shatterhand [Mão que Estilhaça], nome que fazia referência ao poder de seu soco – e Winnetou, nativo americano que se converte ao cristianismo.                                                                  Os social-darwinistas e racistas do final do século XIX e do início do século XX olhavam com inveja para o outro lado do Atlântico, especificamente os Estados Unidos, onde milhares de colonos europeus haviam feito uma jornada rumo ao oeste para formar uma sociedade nova, próspera e extraordinária, processo em que expulsaram e por fim marginalizaram os habitantes originais do continente, até que a vasta maioria deles acabou perecendo.                                                                    Havia diversos outros modelos de discriminação racial de que Hitler poderia valer-se, entre eles o dos EUA, onde até 1924 os nativos americanos eram definidos como “nacionais” mas não “cidadãos”, ou os de praticamente qualquer colônia ou dependência dos britânicos, onde as terras eram confiscadas para distribuição entre os colonos brancos e africanos eram recrutados em programas de trabalhos forçados. Na África do Sul em particular havia uma rígida opressão racial e a abolição dos direitos dos grupos raciais supostamente inferiores. O principal contraste aqui era que o império nazista aplicava tais diretrizes na própria Europa, onde se acreditava que padrões mais altos deveriam ser implementados.

Referência:Duplat Dan,Terceiro Reich,São Paulo-SP,Estúdio Sabiá,2018



Trabalho:Lucas Anjolim e Luis Henrique



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